terça-feira, 6 de setembro de 2011

AULA 22 – VOLTA A JERUSALÉM E ESCOLAS RABINICAS (07/09/11 - Expositora Casemira)


Após as Bodas de Cana onde Jesus começou oficialmente a sua tarefa Espiritual, ele e seus discípulos, peregrinavam em Kfarnaum uma cidade próxima a Jerusalém, O Mestre pretendia ir ao monte das Oliveiras, mas passando em frente ao Grande Templo, (que já vimos em aulas anteriores, fora construído por Davi, para guardar a arca dos dez mandamentos)
Jesus resolveu então ali parar e fazer suas pregações onde uma multidão o seguia, tanto pobres como pessoas da mais alta hierarquia Judaica, pois o templo era aberto a todos os povos.
“Jesus entrando no templo, começou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo;... E Ele os ensinava, dizendo-lhes: porventura não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração entre todas as gentes? E vós a tendes feito dela covil de ladrões.” (Marcos, 11:15-18 e Mateus, 21:12 e 13).
 “Jesus expulsou os vendilhões do templo, e assim condenou o tráfico das coisas santas, sob qualquer forma que seja. Deus não vende a sua benção, nem o seu perdão, nem a entrada no Reino dos Céus. O homem não tem, portanto, o direito de cobrar nada disso (estudo de Kardec inserido em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – cap.XXVI- item 6).
Sabemos que com essa atitude, quanto o Mestre fora ferido em sua sensibilidade, e que jamais ele usaria de tal violência, pois sabemos a sua Hierarquia, e que ele tinha o poder de expulsar todas as pessoas que ali estavam, mas enfrentando assim, os costumes e a tradição da época Jesus estaria ali acumulando toda a ira dos Sacerdotes, mas como eles não iriam contra as Leis de Moisés, eles não agiram com violência, então foram perguntar a Jesus com que autoridade fazia isso, porque eles queriam que Jesus falasse que era o rei de Israel, mas o mestre na sua simplicidade ainda lhes disse: “Destruirei esse templo e reconstruirei em três dias”
Ele estava falando do seu próprio corpo, que após o desencarne ele ressuscitaria em três dias.
Nessa mensagem que o Mestre nos deixou, o Espiritismo considera a Mediunidade, com Jesus, coisa sagrada, (Templo do nosso corpo), razão porque ela jamais poderá ser comercializada. Daí termos colocarmos os textos dos Evangelhos de Marcos e Mateus. 
Sendo sagrada, deve ser praticada santamente, religiosamente, como fizeram os seus apóstolos e discípulos verdadeiros, médiuns que também eram. Os princípios da Doutrina Espírita ensinam que a Mediunidade deve ser  utilizada unicamente para o bem e a caridade, não sendo necessária, para esses objetivos, a presença de qualquer ritual, danças, apetrechos, objetos materiais, incenso ou mesmo bebidas que levem ao entorpecimento dos sentidos e da razão.  O intercâmbio espiritual que  leva à espiritualização  tanto dos médiuns quanto das pessoas presentes, prevê, isto sim, o estudo sério da mediunidade e do mediunato com Jesus. Foi sempre assim no Espiritismo, com Jesus. Fazer o contrário disso não é, pois, ser espírita. Pode ser médium, mas não é médium espírita. 
“ Daí de Graça o que de Graça Receberes” Então a Mediunidade com Jesus é Gratuita” .
Mas a Mediunidade, ou intercâmbio com o mundo espiritual, é necessário todo o conhecimento, o estudo sério, e o amor aos nossos semelhantes.
Algumas religiões chamam, inadvertidamente, talvez até por ignorância, de mundo dos mortos, a Mediunidade - repito - sempre existiu, e o Espiritismo jamais se disse dono dessa faculdade. Ela, a Mediunidade, é inerente ao ser humano, e embora seja dom do espírito, radica-se, através do perispirito, no organismo, e desde que o homem existe neste planeta ela foi usada, de uma maneira ou de outra. Todas as civilizações - todas enfatizaram apresentam em seu histórico curricular, inúmeros episódios, isolados e coletivos, de manifestações espirituais. Quem discordar disso talvez não tenha aprofundado o estudo da História das Civilizações, que mostra terem sido inúmeros os episódios - isolados e coletivos - das manifestações espirituais ao longo do tempo. Há excelentes trabalhos, de antropólogos famosos ou não que demonstram a interferência dos espíritos no mundo dos mortais, entre povos primitivos e selvagens, com fenômenos tão agudos quanto os ocorridos entre os ditos civilizados, o que demonstra sua naturalidade, independente de qualquer rótulo religioso. 
Quando Kardec, já no século 19, interroga os espíritos a respeito da Mediunidade, o faz seguindo uma metodologia científica, segura e forte, que o leva a comprovar, agora com a utilização da Ciência, a existência real do Mundo Espiritual, que sempre se manifestou aos homens procurando desperta-los  para a consciência de si mesmos.  No item 2 do Capítulo XX da sua obra “O Livro dos Médiuns”, editada em l861 em Paris, França, Kardec faz uma pergunta muito importante aos espíritos: “Sempre se disse que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor divino. Por que, então, não é um privilégio dos homens de bem? E por que há criaturas indignas que a possuem no mais alto grau e a empregam no mau sentido?”  Responderam os espíritos:- Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar por que Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloqüência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem, porque dela necessitam mais do que as outras para se melhorarem. Pensas que Deus recusa os meios de salvação aos culpados? Ele os multiplica nos seus passos, coloca-os nas suas próprias mãos. Cabe a eles aproveitá-los. Judas não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus lhe permitiu esse dom  para  que mais odiosa lhe parecesse à traição.”
A mediunidade está no rol das faculdades que devem ser exercidas sempre graciosamente, conforme o mandato divino. 

AS ESCOLAS RABINICAS
Vimos nas aulas anteriores que os condutores do povo eram os Rabis, (Judeus) e nas suas escolas estudavam o Thora, as leis de Moisés. Que eram muito parecidas com o que o Mestre pregava só que eles seguiam a risca essas leis. (eles tinham o conhecimento mas não praticavam com o amor)
Os discípulos ou estudantes filhos de Judeus eram de famílias importantes, e ficavam nas casas de Rabis mais afamados para se educarem e aprender uma profissão. Eles também acompanhavam esses Rabis em suas cerimônias e discursos para assim não só se instruírem, como também para honrá-los.
Eles aprendiam como pregar e toda história de Israel, seus costumes, manipulação de ervas, para medicamentos, dar conselhos ao povo e assim transmitir principalmente a parte religiosa á religião Judaica, a primeira religião monoteísta do mundo, com Jeová como Deus único.
Em face dos novos ensinamentos de Jesus todos os Fariseus do templo tomavam cuidados e muitos tinham apego aos textos antigos.
Mas Mestre não veio modificar essas leis, ele veio ensinar aos homens os seus significados que estava muito deturpado, mostrar a verdade, e o amor.
Grande número de doutores da lei não conseguia ocultar o seu descontentamento, porque não obstante suas atividades derrotistas, Jesus continuava com suas ações generosas beneficiando os aflitos e os sofredores. Os mais humildes e pobres viam no Messias o emissário de Deus, cujas mãos repartiam os bens da paz e da consolação.
A LIÇÃO A NICODEMOS
Nicodemos foi um desses Fariseus, mais afamados, e que o acompanhava e o defendeu em várias oportunidades e (que ainda veremos no decorrer do nosso curso) ele foi o que melhor o compreendeu como o Governador Planetário, tomado pelo interesse e pelos seus elevados princípios, ele era notável pelo coração bem formado e pelos dotes da inteligência. E como vimos os rabis tinham discípulos, e Judas era um desses, no qual Nicodemos pedia a ele que acompanhasse Jesus, para saber o que o Mestre pregava, e Judas sempre voltava com muitas informações sobre o evangelho renovador, e também se rendendo ao evangelho do Cristo, se tornou mais um de seus discípulos, mas sempre levava as informações para Nicodemos.
Por estas e informações e outras Nicodemos compreendeu que Jesus não era igual aos outros Rabis, nem mesmo aos mais renomados, tinha conhecimentos muito acima do que eles o ensinaram. e ele então não conseguia compreender direito, apesar de toda sua inteligência e poder como Doutor da Lei.
Jesus sempre pregava no Grande Templo, e sempre à tardinha se afastava para meditar e geralmente sozinho. Assim numa noite, com grande preocupações, procurou por Jesus em particular.(pois seu orgulho de homem importante não gostaria que alguém o visse ao lado do Jesus).
O Cristo estava acompanhado apenas de dois discípulos André e Tiago, e recebeu a visita com sua bondade costumeira. Após as saudações, Nicodemos revelando as suas ânsias de conhecimento, dirigiu-se ao Mestre respeitoso:
Bem sabemos que vinde de Deus, pois sabemos somente com a luz Divina poderíeis realizar o que tendes efetuado, mostrando o sinal do céu com vossas mãos.
Tenho empregado a minha existência em interpretar a lei, mas desejava receber a vossa palavra sobre os recursos que deverei lançar para conhecer o Reino de Deus!
O mestre sorriu bondosamente e esclareceu: Primeiro que tudo, Nicodemos, não basta que tenhas vivido as interpretar a leis. Antes de raciocinar sobre as suas disposições, deverias ter-lhes sentido os textos.
Mas em verdade devo dizer-lhe que ninguém conhecerá o Reino do Céu sem nascer de Novo. Então Nicodemos surpreendido lhe pergunta? Como pode um homem nascer de novo, sendo velho? Poderá porventura, regressar ao ventre de sua mãe?
O Messias fitou-o calmamente e lhe falou: Em verdade reafirmo ser indispensável que o homem nasça e renasça, para conhecer plenamente a luz do reino.
E Nicodemos lhe pergunta novamente: Como pode isso ser?
Jesus lhe responde: És mestre em Israel e ignoras estas coisas? È natural que cada um somente testifique daquilo que saiba, e precisamos considerar que tu ensinas, e não aceita os nossos testemunhos. E se eu te falando de coisas terrenas sentes dificuldades em compreendê-las com os teus conhecimentos sobre a lei, como poderás aceitar as minhas afirmativas quando eu disser das coisas Celestiais? Seria loucura destinar os alimentos apropriados a um homem velho ao organismo frágil de uma criança.
E assim Nicodemos se retirou extremamente confundido, com tamanha sabedoria do Cristo.
Essa passagem do evangelho vem nos mostrar que o espírito de renovação é sempre o mesmo. O corpo é uma veste, o templo do espírito, e que Deus nos empresta como uma veste, toda roupagem material acaba rota, porém o homem que é filho de Deus sempre encontra em seu amor elementos necessários, á mudança do vestuário, A Morte do corpo é essa mudança indispensável, porque a alma caminhará sempre através de outras experiências, até que consiga a estrada definitiva no Reino de Deus, com toda a perfeição conquistada ao longo dos rudes caminhos.
Vamos então meditar sobre esses ensinamentos e encontrar esse homem velho dentro de nós e transformá-lo em um homem novo no amor e no conhecimento vivenciando cada dia o evangelho do Cristo. E verás como tudo se tornará melhor em nossas vidas, e que podemos ser Feliz ainda nessa reencarnação.
Aproveitem o feriadão pra estudar Galera! Beijinho no coração de todos!
                                       CHNS SP/06/09/11            

Um comentário:

  1. Clau, essa aulas no blog me ajuda bastante qdo vou estudar o livro. Mto obrigada! Bjos... e até amanhã.... rsrsrs

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